terça-feira, 4 de junho de 2013

Catarata não tem tratamento clínico, apenas cirúrgico. Perda da visão é lenta e progressiva

Já ouviu falar que a catarata é como se fosse uma pele que se forma no olho e impede a visão das pessoas? E também que é uma doença da visão que acomete mais os idosos? Afinal de contas, o que é mito e o que é verdade sobre essa doença?

A primeira verdade é que a catarata é uma doença que não tem tratamento clínico. Uma vez diagnosticada, é preciso fazer uma cirurgia para corrigir o problema. Mas, o que é a catarata?

É uma doença que gera a opacidade parcial ou total do cristalino (lente natural do olho). Geralmente atua de maneira progressiva: inicia-se com a diminuição da acuidade visual que avança lentamente mesmo com uso de óculos ou lentes de contato. A catarata pode ser congênita (mais rara) ou adquirida, que é a forma mais frequente.

As cataratas adquiridas, em geral, ocorrem em pessoas acima dos 60 anos. Dessa forma, se você já ouviu falar que a doença atinge mais idosos, isso é a mais pura verdade! São conhecidas como cataratas senis, caracterizadas pelo envelhecimento do cristalino. Além disso, outras causas conhecidas da doença são os traumas oculares, o uso de corticosteroides, inflamações intraoculares, exposição excessiva à radiação ultravioleta e diversas doenças associadas, como o diabetes, por exemplo.


Sintomas de catarata – Além de causar a diminuição da visão, as pessoas com catarata podem observar imagens duplas, ter confusão para ver e distinguir cores e não conseguem enxergar direito na luminosidade, ou seja, precisam de cuidado redobrado ao dirigir a noite, por exemplo.

Também ocorre a alteração frequente do grau dos óculos, muita dificuldade para a leitura e também para enxergar objetos distantes. A doença pode ocorrer bilateralmente, ou seja, afetar a visão dos dois olhos, e ainda é a maior causa de cegueira no mundo, atingindo milhões de pessoas.

Quem tem catarata precisa passar por cirurgia

A catarata não tem tratamento clínico, só cirúrgico. A partir do momento em que a baixa acuidade visual não pode mais ser corrigida por óculos ou lentes de contato, há indicação para a cirurgia.

O momento propício para a realização da cirurgia depende também do prejuízo e do comprometimento que esta opacificação do cristalino vem trazendo ao cotidiano e as funções habituais do paciente. Por exemplo, se a pessoa não consegue mais ler, dirigir etc., é mais indicado que faça a cirurgia para acabar com o problema e voltar a viver com qualidade. Assim, não é preciso mas esperar que a catarata fique “madura” para ser operada.

A técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento da catarata consiste da remoção do cristalino por micro fragmentação e aspiração, num processo chamado faco-emulsificação com implante de lente intraocular. Após a retirada completa do cristalino danificado, é implantada uma lente artificial, em geral de acrílico.



Atualmente, é possível também corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) durante a cirurgia de catarata, ou seja, além de retirar a catarata, há uma variedade de lentes intraoculares que ajudam a corrigir tais erros refrativos.

Por fim, vamos falar sobre o diagnóstico? - O diagnóstico de catarata é feito pelo oftalmologista. Valendo-se de um exame minucioso, ele verificará se o cristalino possui alguma lesão. E terminamos por desfazer ou justificar o primeiro mito: a catarata não é nenhuma pele que recobre o olho, mas a lesão no cristalino deixa o olho como uma aparência de véu esbranquiçado!

Dicas úteis

- Não use colírios, especialmente os que contêm corticoides, sem recomendação médica e respeite o prazo determinado pelo médico para aplicação do medicamento;

- Procure um oftalmologista imediatamente se notar qualquer inflamação ou sofrer algum trauma na região dos olhos;

- Consulte também o oftalmologista sempre que notar alguma alteração visual. A evolução da catarata é lenta, pode ocorrer primeiro em um dos olhos e a pessoa vai se acostumando com a perda progressiva da visão;

- Não tenha medo da cirurgia. Os resultados são animadores e a recuperação, muito rápida.

Fonte: Cuidado com o Glaucoma.com.br



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