quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ptose Palpebral - "Pálpebra Caída"


Recebe o nome de ptose palpebral a situação em que uma pálpebra encontra-se caída, ou seja, é quando a pálpebra superior encontra-se constantemente cobrindo o olho mais do que o normal.
Além de haver um comprometimento estético, ela afeta também o campo visual. Normalmente, os pacientes tendem a forçar a testa para elevar a pálpebra, sendo, portanto, comum as rugas nessa região e a queixa de cansaço e dores de cabeça. A origem das ptoses deve ser dividida em congênita e adquirida.

Ptose Palpebral Congênita
A ptose palpebral congênita é a anomalia palpebral mais comumente encontrada. Embora ela normalmente seja neuropática, na grande maior parte dos casos, a ptose palpebral congênita é miopática, resultante da falta de desenvolvimento do músculo elevador e seu tendão.

Este tipo de ptose corresponde a aproximadamente 60% a 70% dos casos das ptoses e é bilateral em 25% dos casos. Pode ser uma anomalia isolada ou associada a outros defeitos como epicanto, anormalidades do ponto lacrimal, catarata congênita, entre outros.

Normalmente, esse tipo de ptose associa-se com a limitação da elevação do olho acometido. A severidade varia muito com cada paciente, sendo que às vezes é muito discreta enquanto que em certos casos é muito severa levando ao comprometimento do campo visual e elevação do queixo do paciente na tentativa de posicionar o eixo visual na fenda palpebral. Geralmente, não há alterações no grau da ptose durante toda a vida. Nos casos mais severos, que apresentam risco de ambliopia ou naqueles esteticamente ruins, recomenda-se a cirurgia corretiva.

O diagnóstico diferencial com outros tipos de ptose é feito por meio de uma anamnese detalhada, com observação de fotos antigas e a observação de que não há comprometimento pupilar ou de outros músculos inervados pelo oculomotor, a não ser o reto superior, que em muitos casos encontra-se comprometido juntamente com a ptose.


Ptose Palpebral Adquirida
A ptose palpebral adquirida divide-se em ptose de origem neurogênica, por:

Alteração do nervo oculomotor ou no simpático ocular;
Alteração na junção neuromuscular;
Alteração miogênica;
Alterações locais da pálpebra.
Na grande maior parte dos casos, a ptose de origem neurogênica se dá por lesão do nervo oculomotor ou da via simpática ocular. Todavia, raramente pode também resultar de alterações supranucleares, quando utiliza-se a denominação ptose “cerebral” ou “cortical”

A ptose unilateral é consequente de lesão em apenas um hemisfério cerebral, sendo um achado muito raro, ocorrendo do lado contrário da lesão e geralmente é tão discreta que pode nem chegar a ser diagnosticada. Embora possa ocorrer a ptose bilateral por lesões supranucleares, esta é muito incomum.


Entretanto, a ptose por lesão do fascículo ou do nervo oculomotor, são causas muito mais comuns do que a ptose neurogênica. Lesões nessas duas regiões normalmente resultam em uma ptose unilateral. O diagnóstico é feito pela observação do acometimento de outros músculos extraoculares que resultam em limitação da adução, elevação e abaixamento do olho afetado. Freqüentemente ocorre acometimento pupilar, embora não seja obrigatório.
Fonte: infoescola.com




sexta-feira, 13 de julho de 2012

Automedicação pode provocar doenças nos olhos

No inverno os grandes vilões são os analgésicos e anti-histamínicos vendidos sem receita médica. 

No frio uma em cada cinco consultas no Instituto Penido Burnier está associada à reação pelo uso de medicamentos por conta própria. Segundo o oftalmologista do hospital, Leôncio Queiroz Neto, um dos problemas causados pela automedicação neste período do ano é a conjuntivite alérgica que tem como um dos vilões o uso abusivo de  analgésicos.

Geralmente usados para combater os sintomas da gripe ou resfriado, respondem por 44% das consultas relacionadas ao abuso de medicamentos. O especialista ressalta que no inverno a baixa umidade do ar dobra a incidência da síndrome do olho seco que atinge 20% da população contra 10% no restante do ano.

A menor produção da lágrima diminui a defesa dos olhos que ficam mais suscetíveis a contaminações de suas porções externas - córnea e conjuntiva.  O médico diz que os principais sintomas são: coceira, ardência, olhos vermelhos, lacrimejamento, sensibilidade à luz, leve inchaço da pálpebra e diminuição da acuidade visual.
Além de troca de medicação, o tratamento inclui aplicação de compressas frias e uso de colírio antialérgico  ou de colírio com  corticóide em casos mais graves.

De acordo com Queiroz Neto quem já têm algum tipo de alergia forma o grupo de maior risco, mas a reação pode ocorrer com qualquer pessoa, mesmo que já tenha usado a medicação anteriormente. "Isso acontece porque alterações na imunidade causadas por outras doenças, má alimentação e abuso de medicamentos  aumentam a predisposição às reações alérgicas", explica. 

Anti-histamínicos ressecam a lágrima

O especialista diz que 56% das consultas causadas pela automedicação estão associadas ao uso de anti-histamínicos para combater doenças respiratórias como asma, bronquite ou rinite alérgica. Só para se ter uma idéia, as doenças alérgicas cresceram dez vezes nas últimas décadas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

É um problema de saúde pública em que o Brasil aparece entre os países com maior prevalência. O Estudo Multicêntrico Internacional de Asma e Alergias na Infância (ISAAC) demonstra que 20% da população brasileira é portadora da doença. Queiroz Neto afirma que seis em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos que se tornam mais suscetíveis a opacidades corneanas, ceratocone e catarata.

Ele ressalta que o uso de anti-histamínicos para combater as doenças alérgicas resseca ainda mais a lágrima que já diminui no inverno, aumentando a predisposição à  conjuntivite bacteriana, viral  e à  alergia nos olhos.
Os principais sintomas são: coceira, ardência, olhos vermelhos, lacrimejamento, inchaço da pálpebra,  sensibilidade à luz com secreção do tipo aquosa quando ocorre contaminação por vírus, ou purulenta quando é causada por bactéria. 

A dica do médico para manter a boa lubrificação dos olhos para quem não pode dispensar  o anti-histamínico é associar ao medicamento o uso  de lágrima artificial ou cápsulas de semente de linhaça.

Ele diz que em muitos casos só a aplicação de compressas de água nos olhos é o suficiente para eliminar a conjuntivite bacteriana ou viral. Nos casos de conjuntivite bacteriana, ressalta.  devem ser feita compressa quente e na viral compressa fria.

As principais recomendações para se prevenir a contaminação dos olhos são:

*Evite levar as mãos aos  olhos após contato com superfícies

*Lavar as mãos com água e sabão antes de tocar os olhos

*Evitar aglomerações em ambientes fechados.

*Não compartilhar maquiagem, toalhas  ou colírios.

Fonte: Portal Opticanet


segunda-feira, 9 de julho de 2012

10 de Julho: Dia Mundial da Saúde Ocular: 8 em cada 10 casos da perda de visão poderiam ser evitados


"Algumas patologias oftalmológicas são assintomáticas e outras, quando se manifestam, costumam estar em estágio avançado"

Mais uma data instituída para alertar a população para os benefícios das práticas preventivas: 10 de julho é Dia Mundial da Saúde Ocular. Entre os esforços mundiais para erradicar as causas de cegueira no planeta, destaca-se o movimento mundial “Visão: 2020: O Direto de Ver”, resultado da parceria entre a OMS e International Agency for Prevention of Blindness.

Oito em cada dez casos de perda de visão poderiam ter sido evitados. A questão é que algumas patologias oftalmológicas são assintomáticas e outras, quando se manifestam, costumam estar em estágio avançado. Ainda falta informação para grande parte da sociedade, que procura assistência quando é tarde demais. Visitas anuais ao oftalmologista fazem a diferença para os adultos. É através do exame clínico e de testes complementares muitas vezes simples, como a aferição da pressão intraocular, que se verificam eventuais alterações.

Catarata é principal causa de cegueira no Brasil

A catarata, principal causa de cegueira no Brasil, é curável graças aos avanços no campo da microcirurgia. Outras doenças podem ser controladas a partir da detecção precoce e do acompanhamento especializado. São elas: glaucoma, degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética.

Saúde dos olhos na infância

Na infância, a atenção não deve ser minimizada. Os cuidados iniciam-se na gestação, pois durante sua formação a criança pode ter a visão afetada por uma série de fatores. A catarata congênita é a principal causa de cegueira infantil. Embora ela possa ter caráter hereditário, muitas vezes está ligada ao contágio por rubéola. Ou seja: basta o devido acompanhamento pré-natal, com a observação das recomendações médicas, para que a mãe proteja a visão de seu filho.

Para que serve o teste do olhinho?

Vale destacar também a importância do teste do olhinho, realizado pelo pediatra logo apos o nascimento. O exame verifica a presença de leucoria - mancha branca no olho - e descarta problemas congênitos. Todo recém-nascido deve realizá-lo.

Outro cuidado relevante, diz respeito às crianças em fase escolar. Todas devem ser submetidas ao exame de acuidade visual. Os defeitos refrativos – miopia, hipermetropia e astigmatismo – também protagonizam a perda visual quando não são corrigidos no momento certo.
Fonte: Vya Estelar


Quantos megapixels tem o olho humano?

Nosso olho não funciona exatamente como uma câmera, mas dá para dizer que a resolução máxima que ele alcança é próxima de 250 megapixels. 

A câmera digital cria arquivos de imagem compostos de milhões de pontos. Cada ponto é um pixel e, para a câmera registrá-lo no seu "negativo" – o CCD (dispositivo de carga acoplada), entra em ação o photosite, o componente fotossensível das câmeras digitais. Ou seja: uma câmera que usa 1 milhão de photosites registra 1 milhão de pixels, ou 1 megapixel. No olho humano, o papel do photosite é desempenhado por cones e bastonetes, dois tipos de células fotossensíveis distribuídos ao longo da retina. 

Nos dois olhos temos cerca de 250 milhões dessas células e, portanto, podemos captar 250 milhões de pontos luminosos. Ou 250 megapixels. Mas, na prática, a coisa não é tão simples. "A visão em alta resolução forma-se apenas na fóvea, região que corresponde a um centésimo da área da retina", diz o neurofisiologista Renato Sabbatini. 

Isso não significa que basta dividir o número de megapixels por cem, porque a distribuição dos cones e bastonetes na retina não é uniforme como os photosites no CCD (veja a imagem ao lado). 

Para complicar ainda mais, no olho há a chamada interpolação: as imagens captadas por duas células são entrelaçadas. "Isso aumenta absurdamente a resolução da nossa visão", diz Sabbatini.

Fonte: Portal da Oftalmologia


Os óculos refletem a personalidade de uma pessoa

Escolher um par de óculos é também uma questão de estilo 

Eles não são apenas um instrumento de auxílio visual, mas também um acessório da moda. Os óculos permitem que você expresse sua personalidade e marque seu estilo. Mas o que os óculos podem dizer sobre um tipo de pessoa?

O formato do rosto desempenha um papel fundamental na escolha da armação certa, mas há outros fatores a serem considerados. Um consultor óptico experiente reconhecerá rapidamente o tipo certo de armação para o formato de rosto e o tipo de personalidade do seu cliente. Eles conhecem os dois tipos básicos de pessoas:  o tipo que "não quer óculos", ou seja, que deseja usar uma armação que combine com o rosto da forma mais harmoniosa possível e que seja extremamente discreta, e o tipo mais influenciado pela moda e que vê seus óculos como um acessório. Mas são essas realmente as duas únicas "categorias"? Estudando o assunto detalhadamente descobrimos alguns resultados interessantes. Basicamente, existem três grupos distintos de usuários de óculos:

Os que gostam de óculos da moda

O rei do estilo - estas pessoas que muitas vezes tem mais de um par de óculos. Para eles, nada é extravagante ou moderno demais. Sempre com o modelo mais atual e de preferência com lentes tingidas: desde que goste e que esteja de acordo com o seu humor e/ou roupa, tudo combina. Criativos e extrovertidos consideram seus óculos um complemento do visual.

O apaixonado por marcas - dão valor a marcas e modelos, inclusive quando escolhem suas roupas. A escolha dos óculos dessas pessoas é influenciada por marcas. Apenas armações dos designers mais famosos do mundo poderão dar elegância ao seu rosto. Além disso, os óculos também devem estar em sintonia com o resto do seu estilo – o visual tem que ser impecável. Os fãs de óculos de marca também apostam em lentes de boa qualidade. Resumindo, sabem que a qualidade tem o seu preço, mas que também se justifica.

Óculos sem grau (só pelo estilo) - óculos sem a função corretiva estão a venda em lojas de moda como um acessório para o rosto. Óculos "nerd", óculos "GG" estilo anos 70 e óculos em estilo John Lennon são usados no mundo da moda alternativa por pessoas que não precisam, mas desejam usar óculos para complementar o visual. É preciso ter experiência para escolher lentes para óculos; no entanto, armações grandes só ficam realmente bem com lentes finas de plástico, o que torna o seu uso muito mais confortável. As óticas também são boas conselheiras na escolha de lentes coloridas.

Os que gostam de óculos práticos

O focado em soluções - esse tipo de pessoa precisa primeiro se acostumar a usar óculos. Quando fazem um exame de vista que detecta a necessidade de algum tipo de auxílio visual, o que importa é que os óculos cumpram a sua função. Ou seja, apenas querem uma coisa: poder enxergar bem novamente, depois escolhem as armações e lentes certas para o seu tipo e problema de visão. Para pessoas que usam óculos pela primeira vez, escolher as armações e lentes o mais leves possíveis e fáceis de limpar pode ajudar muito na adaptação.

O reservado - essas pessoas querem óculos que tenham o mínimo de armação possível para que passem quase despercebidos. Algumas delas aceitam apenas óculos sem aros. Lentes corretivas de alta refração podem ser usadas para dissimular o grau da prescrição, pois são mais finas do que o tipo padrão para o mesmo grau. Portanto, mesmo em casos de altos graus, seus óculos não terão aspecto de "fundo de garrafa". Este tipo de usuário normalmente é fiel aos seus óculos durante anos e, quando finalmente os substituem por novos, acabam escolhendo óculos bastante parecidos com os antigos.

O conhecedor - "Só quero o melhor para os meus olhos." Esta frase está na ponta da língua deste tipo de usuário quando vai a uma ótica. Ele conhece bem termos como: bifocais, lentes progressivas e tratamento antirreflexo. Quando escolhem lentes corretivas, consumidores orientados para a qualidade prestam menos atenção no preço e se concentram mais no desempenho dos novos óculos em função de suas necessidades especiais.  As armações também devem estar de acordo com seus padrões pessoais de qualidade.

Óculos para pessoas ativas

O colecionador - este tipo de usuário trata os óculos como objetos preciosos para serem exibidos com orgulho. Ele os coleciona com paixão e trocaria de modelo todos os dias se pudesse. Não estão muito preocupados se os óculos vão combinar com todos os visuais e em todas as ocasiões, todos os estilos são aceitos, dos aros de tartaruga aos de metal e multicoloridos. Se interessam também por lentes coloridas que combinam com as armações dos óculos e até mesmo por lentes curvas.

O completo - essas pessoas gostam de estar preparadas para qualquer situação, isso significa que as armações devem ser: atraentes, mas não chamativas; leves, mas resistentes; e, é claro, devem se adaptar com perfeição. Geralmente, não estão à procura de futilidades da moda, mas sim lentes que possam fazer de tudo, ou seja, gostam de óculos multirresistentes e lentes fotossensíveis, desta forma não precisam trocar de óculos para ver de longe ou de perto, quando faz Sol ou não.

O herói cotidiano - pessoas que irradiam vivacidade e ação. Estão sempre em movimento e perdem muito tempo procurando seus óculos. Dizemos óculos no plural, pois estas pessoas precisam de um par de óculos para ler e outro para ver de longe. Porém, dois pares de óculos não são o suficiente, pois esses “furacões” precisam de um par em cada canto da casa, como na cozinha para cozinhar, no banheiro para se maquiar, na sala para ver televisão e na cabeceira para ler. Além disso, também precisam ver com nitidez para trabalhar e dirigir. É por esta razão que precisam ter um par de óculos em cada lugar ou usam uma corrente para segurar os dois tipos de óculos no pescoço – assim evitam de perdê-los. Para pessoas agitadas, lentes e armações "inquebráveis" são fundamentais, uma vez que seus óculos tendem, com alguma frequência, a aparecer embaixo de uma pilha de documentos, a ser derrubados da mesa ou a cair no carro.
Fonte: Portal da Oftalmologia


sexta-feira, 6 de julho de 2012

10 de Julho é dia Mundial da Saúde Ocular

O objetivo da data é a de chamar atenção para as medidas de prevenção de cegueira.
É impressionante saber que cerca de 80% das causas de cegueira no mundo são por doenças evitáveis.
No Brasil a principal causa de cegueira é por catarata. Essa é uma causa de baixa da acuidade visual curável através de cirurgia que está disponível também na rede pública. 

Infelizmente ainda é comum encontrarmos pessoas cegas por glaucoma e retinopatia diabética. Estas causam cegueira irreversível, porém podem ser diagnosticadas durante uma consulta de rotina e evitadas com tratamento correto. 

E é aqui que entra o foco da campanha de prevenção de cegueira, no diagnóstico precoce. 

É importante que crianças e adultos façam exames oftalmológicos periódicos, incluindo a avaliação da acuidade visual, motilidade ocular, medida da pressão ocular, avaliação do segmento anterior e do fundo de olho. Apenas isso já diminuiria em muito os casos de cegueira no mundo e melhoraria a qualidade de vida de milhares de pessoas. 


terça-feira, 3 de julho de 2012

Déficit visual é uma das principais causas de quedas na terceira idade


Estudo divulgado em maio na revista Cadernos de Saúde Pública destaca que as fraturas decorrentes de queda entre idosos são um grave problema e têm sido associadas com maior risco de morte. Segundo o trabalho, a mortalidade chega a ser 25% maior nesses casos. As principais causas de quedas em idosos são os distúrbios cognitivos (pois modificam a interação com o ambiente,como alterações na memória, raciocínio lógico), ambientais (obstáculos arquitetônicos como buracos desníveis, escadas, tapetes , camas), medicamentos, doenças neurológicas, labirintite, sedentarismo e déficit visual.

Baseado nesta realidade, a Universidade Federal de Goiás em conjunto com a Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás realizou a pesquisa "Condições visuais autorrelatadas e quedas em idosos institucionalizados", que observou o comportamento deste público da terceira idade internado em asilos.

Segundo a pesquisa, idosos com complicações visuais apresentam problemas de postura além de pré-disponibilidade quedas e fraturas de quadril, já que o sistema visual contribui contribuinte para o equilíbrio, fornecendo informações sobre o ambiente e a localização, a direção e a velocidade de movimento do indivíduo.  De acordo com o estudo, a dificuldade visual, a sensibilidade de contraste reduzida e a diminuição do campo visual têm sido associados à ocorrência de duas ou mais quedas em pessoas mais velhas.

O trabalho também revela que existem evidências de um esforço considerável de coordenação entre os movimentos dos olhos e os movimentos dos membros inferiores durante a locomoção. Com o envelhecimento, o tempo para processamento da informação visual é prolongado para obter sucesso durante a deambulação. "Qualquer condição que venha a diminuir a acuidade visual, pode contribuir para que ocorra acidentes, principalmente no idoso, que já tem seus  reflexos e forças musculares diminuídas. O comprometimento da visão central ou periférica ou mesmo a visão de profundidade, dificulta no reconhecimento de obstáculos e o cálculo correto das distâncias, estando assim mais sujeitos a acidentes. O diagnóstico precoce de comprometimento é fundamental para manter a qualidade de vida dos idosos", afirma o dr Henrique César Magalhães, do Hospi tal de Olhos INOB.

De acordo com  Márcio Borges, professor de psicologia do Centro Universitário IESB, déficits visuais levam a menor comunicação visual, dependência e restrição de mobilidade, inclusive levando à maior probabilidade de traumas em geral. "Os distúrbios visuais, ao desencadearem maior dependência física, podem gerar também dificuldades nos aspectos psicoemocionais para os idosos", explica ele.
Opticanet
Fonte: Dr Visão