terça-feira, 25 de setembro de 2012

Saiba as respostas das dúvidas mais comuns sobre lentes de contato


 1. Quanto tempo é necessário para adaptação total às lentes de contato?

Resposta: Alguns usuários adaptam-se imediatamente e não apresentam qualquer problema de adaptação. Mas os especialistas consideram normal período de cerca de dez dias para a adaptação plena. Durante esta fase, o usuário deve ser acompanhado de perto por um oftalmologista.

2. As lentes de contato podem se deslocar para trás do meu olho?

Resposta: Em nenhuma hipótese. Os olhos são revestidos pela conjuntiva, que torna impossível a movimentação da lente para trás do olho.

3. Quais os tipos de lentes de contato disponíveis no mercado?

Resposta: Existem três famílias de lentes: Lentes de contato gelatinosas de troca anual, lentes de contato gelatinosas descartáveis de troca mensal, quinzenal, semanal ou diária e as lentes de contato rígidas de troca anual. Cada uma apresenta vantagens e desvantagens. E você deve avaliar juntamente com seu oftalmologista a melhor opção para as suas necessidades.

4. Quais as principais diferenças entre os três tipos de lentes de contato?

Resposta: Além de atenderem a todas as necessidades de correção, as lentes rígidas possuem, em geral, melhor qualidade ótica e a manutenção é mais simples e econômica, em relação às outras lentes. A durabilidade é outra característica desta lente, que pode ser usada por até um ano. Porém, exigem maior habilidade do usuário e não são recomendadas para dormir (Clique e conheça a linha de lentes rígidas da Solótica).
Produzidas com material maleável, as lentes gelatinosas descartáveis são consideradas mais confortáveis e práticas em comparação às lentes rígidas. Em geral, o usuário se adapta mais facilmente a este produto. Porém, o custo de manutenção é um pouco superior, já que o regime de troca do produto é menor (no máximo 30 dias). Também não atendem a algumas necessidades de correção visual e apresentam certas limitações de graus. (Clique e conheça a linha de lentes gelatinosas descartáveis da Solótica)
Já as lentes de contato gelatinosas de troca anual atendem a quase todas as necessidades de correção visual, sem limitação de graus. Dependendo da composição, pode-se até dormir com algumas delas. De manutenção simples, são de troca anual, e uma opção economicamente viável para usuários que têm dificuldade de adaptação às lentes rígidas (Clique e conheça a linha de lentes gelatinosas de troca anual da Solótica).

5. Por que meu Oftalmologista pede para que eu retorne periodicamente, mesmo após a adaptação?

Resposta: Para orientação constante e realização de exames periódicos, de extrema importância para a saúde ocular.

6. Posso utilizar as lentes de contato para praticar esportes?

Resposta: Sim. Aliás, as lentes apresentam grande vantagem sobre os óculos, porque minimizam distorções de imagem e oferecem visão completa, focal e periférica, muito mais próxima da visão natural. Também permite o uso com óculos de sol. Mas, para natação, recomenda-se o uso de óculos especiais, que evitam a perda das lentes.

7. De quanto em quanto tempo devo trocar minhas lentes de contato?

Resposta: Seu oftalmologista recomendará o prazo de troca ideal para o seu caso. Porém, basicamente, as lentes descartáveis têm prazos que variam de 7 a 30 dias e as rígidas e gelatinosas devem ser trocadas a cada ano.

8. Quais as necessidades de correção visual atendidas pelas lentes de contato?

Resposta: Atualmente, as lentes de contato atendem a praticamente todas as necessidades, como: miopia, hipermetropia, astigmatismo, caratocone e outros males.

9. As pessoas que usam lentes de contato sentem desconforto ou dor durante o uso?

Resposta: Se a lente for bem adaptada ao usuário, não há desconforto ou dor. Durante a adaptação, que pode durar até dez dias, é normal certo incômodo. Mas, caso ele se prolongue, retire as lentes e procure o oftalmologista, pois há algum problema.

10. Eu tenho visão perfeita. Mesmo assim preciso ir ao Oftalmologista caso queira usar lentes de contato coloridas sem grau?

Resposta: Sim. Lentes de contato só podem ser comercializadas sob prescrição médica. Além disso, mesmo você possuindo visão perfeita e necessitando uma lente de contato sem grau, é necessário verificar as medidas (ceratometria) dos olhos, para prescrição da lente de contato adequada. O teste de fluxo lacrimal também é fundamental para garantir conforto e saúde ocular.

11. Existem lentes de contato que atendem a necessidades de correção estética, causadas por acidentes ou doenças?

Resposta: Sim, são lentes de contato gelatinosas feitas com base na cor do olho saudável, a fim de apresentar efeito extremamente natural.

12. Quem pode usar lentes de contato?

Resposta: A princípio, qualquer pessoa – criança, adolescente ou adulto. Mas o especialista deverá ser consultado para verificação do tipo de lente de contato mais indicado a cada caso.

13. A partir de que idade posso usar lentes de contato?

Resposta: Crianças com seis meses de idade, em casos extremos, já utilizam lentes de contato corretivas.

14. Posso usar lentes de contato com maquiagem?

Resposta: Sim, mas você deverá primeiro colocar as lentes de contato e depois se maquiar, tomando sempre cuidado com produtos em pó ou spray, que poderão causar irritação caso entrem em contato com os olhos.

15. Lentes de contato causam doenças?

Resposta: Não. Mas fungos e bactérias presentes em lentes de contatos mal conservadas, sim. Por isso, os procedimentos de limpeza e conservação da lente são tão importantes para proteger sua visão. Seguindo-se todos os passos de limpeza e conservação, não haverá qualquer risco. E, extremamente importante: jamais use lentes de contato de outras pessoas.

16. Posso ficar cego usando lentes de contato?

Resposta: Somente em casos extremos de má conservação e falta de assepsia das lentes de contato. O uso correto e a correta assepsia evitarão qualquer risco. Em caso de desconforto, retire as lentes e procure o seu oftalmologista.

17. Posso comprar minhas lentes de contato diretamente da Solótica?

Resposta: Não. As lentes de contato devem ser utilizadas após a adequada adaptação, que deverá ser feita por seu especialista, que está plenamente capacitado a fazer todos os testes e garantir a perfeita adaptação de suas lentes de contato. Por esse motivo, as lentes de contato são comercializadas somente sob prescrição médica.

18. Qual produto devo utilizar para a assepsia de minhas lentes de contato?

Resposta: Existem diversos produtos para este fim. A Solótica possui completa linha de soluções para manutenção e limpeza (conheça as soluções de limpeza da Solótica) para todos os tipos de lentes de contatos.

19. É difícil cuidar das lentes de contato?

Resposta: Não. Pelo contrário. Com produtos cada vez mais modernos e eficientes, a manutenção correta das lentes de contato, tanto gelatinosas quanto rígidas, é muito simples e rápida (saiba como cuidar de suas lentes de contato).

Fonte: Solótica

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O tratamento moderno do Ceratocone


O ceratocone é uma doença que afeta a córnea, porção anterior dos olhos, transparente, que permite a entrada da luz para que possamos ver os objetos. Quando doente, a córnea apresenta irregularidades que provocam uma distorção da luz que entra nos olhos e consequentemente gera um embaçamento visual. No ceratocone, a córnea tende a ficar mais fina e menos resistente em sua porção central ou inferior e, devido ao efeito constante da pressão intraocular, ela adquire um formato abaulado nos locais afetados, levando à distorção das imagens. Esse abaulamento, em casos mais graves, pode ser visto a olho nu, com a aparência de uma córnea bastante “pontuda”.  



Existem fatores genéticos envolvidos em sua origem, mas o principal fator identificado é o hábito de coçar muito os olhos, principalmente em pessoas portadoras de conjuntivites alérgicas na infância. Geralmente aparece na adolescência, podendo progredir até os 30 anos, na maioria dos casos. Nos últimos anos, a oftalmologia evoluiu muito no diagnóstico e tratamento do ceratocone. Aparelhos modernos fazem avaliações corneanas e identificam casos de ceratocones muito iniciais, o que anteriormente poderia passar despercebido por toda a vida. Sua identificação, no entanto, é muito importante, pois pessoas portadoras de formas iniciais ou frustas (estagnadas ainda no início) da doença poderiam ter o quadro muito agravado caso fossem submetidas a determinados procedimentos nos olhos, como as cirurgias refrativas. 

Abaixo listamos as principais formas de tratamento do ceratocone, todas já aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária:
Óculos
Isso mesmo, a maioria dos casos de ceratocone causa pouca distorção das imagens e pode ser corrigida apenas com o uso de óculos, por toda a vida.

Lentes de contato
Principalmente as lentes rígidas. Fazem uma regularização da superfície da córnea e, com isso, melhoram a distorção das imagens. É a forma de tratamento que permite a melhor qualidade de visão para os portadores da doença e podem ser usadas tanto nos casos inicias até os mais graves.
Em casos muito avançados, sua adaptação pode ser difícil, pois as lentes saem da posição correta com muita frequência. As lentes não interferem no processo natural de evolução da doença. 

Cross-Linking
É um tratamento por meio do qual se infiltra a vitamina B2 (riboflavina) na córnea e, sob efeito da luz UV-A, aumenta o número de ligações entre as fibras de colágeno, fortalecendo toda a estrutura da córnea. Utilizado em casos de ceratocone em evolução (que pode ser comprovado com dois exames de topografia de córnea seriados) para evitar a progressão da doença. Geralmente não provoca redução do ceratocone, apenas sua estabilização.

Anel Intracorneal
São estruturas acrílicas implantadas na periferia da córnea que visam aplanar a região central da córnea, diminuindo seu abaulamento e astigmatismo. São recomendados apenas para alguns tipos de ceratocones. Os mais utilizados em nosso meio são os Anéis de Ferrara. Podem levar à melhora da visão, mas seu resultado é pouco previsível. Geralmente, após o implante do anel, o uso de óculos ou lentes de contato ainda se faz necessário. 

Transplante de córnea
É a substituição de toda ou parte da córnea doente por uma de um doador. Reservado para situações em que a doença está avançada e que a visão não pode ser melhorada por nenhum dos outros métodos citados. Oferece uma importante melhora do quadro, porém com recuperação mais lenta do que os outros tratamentos. Apenas uma minoria dos portadores da doença necessita realizar o transplante. O acompanhamento oftalmológico regular é fundamental para que todas as pessoas sejam avaliadas quanto à presença de ceratocone ou outras doenças oculares, e para que todos os avanços médicos possam ser empregados, visando a evitar a evolução para formas mais graves das diversas doenças existentes. 

 Fonte: Portal CBV Imagens portal da Oftalmologia 


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Risco de ficar cego é maior para fumantes, diz estudo



As chances de um fumante ficar cego com a idade são quatro vezes maiores do que as de pessoas que não fumam, de acordo com estudo de pesquisadores da Universidade de Manchester.

Pesquisa diz que cigarros elevam risco de desordem na retina

Em artigo publicado no British Medical Journal, os cientistas afirmam que os cigarros aumentam as chances de desenvolvimento da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).

Atualmente, os maços de cigarro já são vendidos com diversas advertências sobre os possíveis efeitos nocivos do fumo e, agora, os pesquisadores da Universidade de Manchester querem que o risco de cegueira seja incluído na lsita de doenças relacionadas ao consumo de cigarros.

A DMRI é uma desordem da retina, que provoca a perda irreversível da visão após os 60 anos de idade.
Resultado direto

A equipe liderada pelo cirurgião oftalmológico Simon Kelly afirma que 54 mil pessoas da Grã-Bretanha tem DMRI como resultado direto do fumo. Destes, 17,8 mil estão completamente cegos, segundo os pesquisadores.

O estudo pede a organização de uma campanha de saúde pública com o objetivo de alertar os fumantes para a ligação entre o cigarro e a cegueira, além dos riscos mais comuns do fumo, como o câncer. 

"Evidências indicam que mais de um quarto de todos os casos de DMRI, com cegueira ou debilitação da visão, podem ser atribuídos à exposição ao fumo tanto como no passado", disse Kelly. 

"Pacientes, profissionais de saúde e o público vão se beneficiar com uma divulgação maior dessa associação causal", acrescentou.

De acordo com o estudo, apesar de o consumo de cigarros no passado poder causar efeitos no futuro, parar de fumar ajuda a reduzir o risco de cegueira na velhice e pode estimular a resposta de longo prazo a tratamentos como a terapia a laser.

Fonte: GMT para Portal da Oftalmologia


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Conheça mais sobre Doação de Córneas


O que são os Bancos de Olhos?

Os Bancos de Olhos são instituições responsáveis pela retirada, transporte, avaliação, classificação, preservação, armazenamento e disponibilização dos tecidos oculares doados (ou seja, responsáveis por todas as etapas de processamento dos tecidos oculares doados).

Por que os procedimentos de processamento dos tecidos oculares doados, desde a retirada, precisam e devem ser executados pela equipe do Banco de Olhos?

Porque esta é a única maneira de garantir que os procedimentos de processamento dos tecidos oculares doados serão feitos de maneira ética, com segurança, por profissionais capacitados, de acordo com as "Normas Médicas Internacionais" para esse tipo de atividade e com a legislação em vigor.
Somente os Bancos de Olhos estão preparados para realizar o necessário controle de qualidade dos tecidos oculares doados que serão distribuídos para transplante.

Qualquer pessoa pode ser doadora de tecidos oculares?

Sim. Independente da idade e do uso de correção visual (óculos ou lentes de contato), ou de alguma possível doença, qualquer pessoa pode ser doadora de tecidos oculares. Os distúrbios de refração (como miopia, hipermetropia e astigmatismo) e outros distúrbios visuais (como catarata e glaucoma) não impedem a doação.

Mesmo que a pessoa não tenha manifestado o desejo de doação, a família pode entrar em contato com o Banco de Olhos?

Sim. A família é a única responsável pela efetivação de uma doação, pois a retirada dos tecidos oculares só pode ser feita com a autorização da família.

Como posso manifestar o desejo de, algum dia, ser doador?

O importante é conversar com os familiares a respeito do seu desejo, pois, por lei, este desejo só poderá ser cumprido se a sua família autorizar a doação. Para conscientizá-los, você pode solicitar, também, um cartão de doação ou um folheto informativo ao Banco de Olhos de sua região.
Basta entrar em contato com o Banco de Olhos e solicitar o cartão de doação ou os folhetos informativos.
O cartão de doação não tem valor legal e é apenas uma das maneiras que a pessoa tem de expressar o desejo de, algum dia, ser doadora.
O mesmo vale para as pessoas que incluíram em sua Carteira Nacional de Habilitação (carteira de motorista), a frase "Doador de Órgãos e Tecidos". Em ambos os casos, a finalidade é apenas educativa, pois a doação só poderá ser efetivada com a autorização da família.

A retirada dos tecidos oculares provoca alguma deformidade no doador?

Não. Os tecidos oculares são retirados de acordo com técnica cirúrgica que não deixa vestígios. A doação não modifica a aparência do doador.

Pode ocorrer alguma complicação durante a retirada dos tecidos oculares doados?

A conversa com a equipe do Banco de Olhos antes da autorização de uma doação é fundamental. É muito raro acontecer alguma complicação durante a retirada dos tecidos oculares doados. No entanto, certos medicamentos que possam ter sido ministrados ao doador podem provocar algum sangramento (que, às vezes, pode deixar algum sinal). A equipe do Banco de Olhos estará preparada para orientar os familiares sobre essa possibilidade.

Até quanto tempo após o óbito os tecidos oculares podem ser retirados?

O ideal é que os tecidos oculares doados sejam retirados até seis horas após o falecimento. Por isso, o Banco de Olhos deve ser avisado rapidamente. Entretanto, vários fatores podem contribuir para que este prazo possa ser maior (em alguns casos, pode ser de até 24 horas).

Se alguém quiser, em vida, doar uma córnea para um familiar inscrito na lista de espera para transplante de córnea, poderá?

Não. No caso da doação de córnea, este tipo de procedimento não é realizado e não é permitido por lei.

Se a família quiser autorizar a doação para que, por exemplo, a córnea seja transplantada em alguém da própria família ou em algum amigo da família, é possível?

Não. A distribuição dos tecidos oculares doados é controlada pelos órgãos governamentais e é feita respeitando-se a ordem de inscrição do paciente na lista de espera. Não existe a possibilidade de que pacientes venham a "furar a fila" ou "serem favorecidos" por qualquer razão. Apenas em casos específicos, de comprovada emergência, previstos em lei, o paciente poderá ser transplantado de maneira imediata.
A doação é um ato humanitário. Portanto, o ato de doação é incompatível com qualquer condição que possa vir a ser proposta para a concretização da doação.

Familiares do doador podem conhecer os receptores dos tecidos oculares doados ou os pacientes receptores desses tecidos podem obter informações sobre o doador ou familiares?

Não. De acordo com a legislação e com o "Código de Ética dos Bancos de Olhos", todas as informações sobre os doadores e sobre os receptores de tecidos oculares doados são sigilosas, portanto, os Bancos de Olhos devem manter todos os registros em caráter confidencial.
Nem mesmo o médico que realiza a cirurgia tem acesso à identidade do doador, pois os tecidos oculares e a suas informações são identificados por códigos.

Como são utilizados os tecidos oculares doados?

Os tecidos oculares doados são utilizados para fins terapêuticos (de recuperação dos pacientes inscritos em lista de espera). A córnea, a esclera (parte branca do olho) e as células-tronco da córnea podem ser utilizadas com finalidade terapêutica. Cada doador pode beneficiar vários pacientes, se, além das córneas, a esclera e as células-tronco forem utilizadas (o que é rotina nos Bancos de Olhos).
Os tecidos que, por algum motivo, não puderem ser utilizados em cirurgias, serão utilizados em pesquisas (aprovadas por Comissão de Ética) ou ensino, visto que os tecidos oculares doados jamais são desprezados: todos têm uma finalidade.

Como são distribuídas as córneas?

Obedecendo à legislação e ao "Código de Ética dos Bancos de Olhos", a distribuição das córneas é feita respeitando-se a ordem de inscrição dos pacientes na lista de espera.
No Brasil, o controle das listas de espera (Estaduais/Regionais) é feito pelas Centrais Estaduais de Transplantes (Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos - CNCDO), Secretarias Estaduais de Saúde e Sistema Nacional de Transplantes, SNT, do Ministério da Saúde.

Quantas pessoas aguardam por um transplante de córnea no Brasil?

Aproximadamente, 25 mil pessoas.

Após o óbito, quais são os cuidados recomendados para que as córneas não sejam danificadas?

Deve-se manter as pálpebras bem fechadas e, se possível, colocar gelo sobre os olhos, tomando cuidado para que as pálpebras estejam, sempre, bem fechadas e para que o gelo não provoque um peso excessivo sobre os olhos.

O que é a córnea?

A córnea é um tecido transparente que se encontra na parte da frente do olho. Podemos compará-la ao vidro de um relógio ou a uma lente de contato. Se a córnea se opacifica (embaça) por enfermidades hereditárias, lesões, infecções, queimaduras por substâncias químicas, enfermidades congênitas ou outras causas, a pessoa pode ter a visão bastante reduzida ou, às vezes, até perder a visão.

O que é o transplante de córnea?

Os transplantes permitem que pessoas com alguma deficiência visual por problemas de córnea recuperem a visão.
Durante um transplante de córnea, o botão (ou disco) central da córnea opacificada é trocado por um botão central de uma córnea saudável. Esta cirurgia pode recuperar a visão em mais de 90% dos casos de pessoas que apresentam alguma deficiência visual por problemas de córnea.

O olho, como um todo, pode ser transplantado?

Não. Somente alguns tecidos oculares, como a córnea e a esclera, e células-tronco da córnea podem ser utilizados com fins terapêuticos.

É seguro para o paciente receber um tecido ocular doado? 
Existe a possibilidade de transmissão de alguma doença?

Os Bancos de Olhos adotam todos os cuidados para garantir a qualidade dos tecidos oculares doados, visando, principalmente, a segurança dos pacientes que irão receber os tecidos.
Não há riscos de transmissão de doenças, pois os Bancos de Olhos cumprem "Normas Médicas Internacionais" e, no Brasil, "Normas Técnicas para o Funcionamento dos Bancos de Olhos" estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA - Ministério da Saúde), que estabelecem o correto controle de qualidade com relação aos tecidos oculares doados.
Por isso, é fundamental que todas as etapas do processamento dos tecidos oculares doados, desde a retirada, sejam executadas pela equipe do Banco de Olhos.

Qual é o custo da doação para os familiares do doador?

Nenhum. A família do doador não paga nada pela doação e tampouco recebe qualquer pagamento pela doação.

Existem objeções religiosas com relação à doação?

Não, diferentes religiões aprovam a doação como um ato humanitário.

Fonte: Associação Pan-Americana de Bancos de Olhos – APABO