sexta-feira, 22 de março de 2013

Banco de Olhos, conheça as principais perguntas e respostas sobre o assunto


O que são os Bancos de Olhos?

Os Bancos de Olhos são instituições responsáveis pela retirada, transporte, avaliação, classificação, preservação, armazenamento e disponibilização dos tecidos oculares doados (ou seja, responsáveis por todas as etapas de processamento dos tecidos oculares doados).

Por que os procedimentos de processamento dos tecidos oculares doados, desde a retirada, precisam e devem ser executados pela equipe do Banco de Olhos?

Porque esta é a única maneira de garantir que os procedimentos de processamento dos tecidos oculares doados serão feitos de maneira ética, com segurança, por profissionais capacitados, de acordo com as "Normas Médicas Internacionais" para esse tipo de atividade e com a legislação em vigor.
Somente os Bancos de Olhos estão preparados para realizar o necessário controle de qualidade dos tecidos oculares doados que serão distribuídos para transplante.

Qualquer pessoa pode ser doadora de tecidos oculares?

Sim. Independente da idade e do uso de correção visual (óculos ou lentes de contato), ou de alguma possível doença, qualquer pessoa pode ser doadora de tecidos oculares. Os distúrbios de refração (como miopia, hipermetropia e astigmatismo) e outros distúrbios visuais (como catarata e glaucoma) não impedem a doação.

Mesmo que a pessoa não tenha manifestado o desejo de doação, a família pode entrar em contato com o Banco de Olhos?

Sim. A família é a única responsável pela efetivação de uma doação, pois a retirada dos tecidos oculares só pode ser feita com a autorização da família.

Como posso manifestar o desejo de, algum dia, ser doador?

O importante é conversar com os familiares a respeito do seu desejo, pois, por lei, este desejo só poderá ser cumprido se a sua família autorizar a doação. Para conscientizá-los, você pode solicitar, também, um cartão de doação ou um folheto informativo ao Banco de Olhos de sua região.
Basta entrar em contato com o Banco de Olhos e solicitar o cartão de doação ou os folhetos informativos.
O cartão de doação não tem valor legal e é apenas uma das maneiras que a pessoa tem de expressar o desejo de, algum dia, ser doadora.
O mesmo vale para as pessoas que incluíram em sua Carteira Nacional de Habilitação (carteira de motorista), a frase "Doador de Órgãos e Tecidos". Em ambos os casos, a finalidade é apenas educativa, pois a doação só poderá ser efetivada com a autorização da família.

A retirada dos tecidos oculares provoca alguma deformidade no doador?

Não. Os tecidos oculares são retirados de acordo com técnica cirúrgica que não deixa vestígios. A doação não modifica a aparência do doador.

Pode ocorrer alguma complicação durante a retirada dos tecidos oculares doados?

A conversa com a equipe do Banco de Olhos antes da autorização de uma doação é fundamental. É muito raro acontecer alguma complicação durante a retirada dos tecidos oculares doados. No entanto, certos medicamentos que possam ter sido ministrados ao doador podem provocar algum sangramento (que, às vezes, pode deixar algum sinal). A equipe do Banco de Olhos estará preparada para orientar os familiares sobre essa possibilidade.

Até quanto tempo após o óbito os tecidos oculares podem ser retirados?

O ideal é que os tecidos oculares doados sejam retirados até seis horas após o falecimento. Por isso, o Banco de Olhos deve ser avisado rapidamente. Entretanto, vários fatores podem contribuir para que este prazo possa ser maior (em alguns casos, pode ser de até 24 horas).

Se alguém quiser, em vida, doar uma córnea para um familiar inscrito na lista de espera para transplante de córnea, poderá?

Não. No caso da doação de córnea, este tipo de procedimento não é realizado e não é permitido por lei.

Se a família quiser autorizar a doação para que, por exemplo, a córnea seja transplantada em alguém da própria família ou em algum amigo da família, é possível?

Não. A distribuição dos tecidos oculares doados é controlada pelos órgãos governamentais e é feita respeitando-se a ordem de inscrição do paciente na lista de espera. Não existe a possibilidade de que pacientes venham a "furar a fila" ou "serem favorecidos" por qualquer razão. Apenas em casos específicos, de comprovada emergência, previstos em lei, o paciente poderá ser transplantado de maneira imediata.
A doação é um ato humanitário. Portanto, o ato de doação é incompatível com qualquer condição que possa vir a ser proposta para a concretização da doação.

Familiares do doador podem conhecer os receptores dos tecidos oculares doados ou os pacientes receptores desses tecidos podem obter informações sobre o doador ou familiares?

Não. De acordo com a legislação e com o "Código de Ética dos Bancos de Olhos", todas as informações sobre os doadores e sobre os receptores de tecidos oculares doados são sigilosas, portanto, os Bancos de Olhos devem manter todos os registros em caráter confidencial.
Nem mesmo o médico que realiza a cirurgia tem acesso à identidade do doador, pois os tecidos oculares e a suas informações são identificados por códigos.

Como são utilizados os tecidos oculares doados?

Os tecidos oculares doados são utilizados para fins terapêuticos (de recuperação dos pacientes inscritos em lista de espera). A córnea, a esclera (parte branca do olho) e as células-tronco da córnea podem ser utilizadas com finalidade terapêutica. Cada doador pode beneficiar vários pacientes, se, além das córneas, a esclera e as células-tronco forem utilizadas (o que é rotina nos Bancos de Olhos).
Os tecidos que, por algum motivo, não puderem ser utilizados em cirurgias, serão utilizados em pesquisas (aprovadas por Comissão de Ética) ou ensino, visto que os tecidos oculares doados jamais são desprezados: todos têm uma finalidade.

Como são distribuídas as córneas?

Obedecendo à legislação e ao "Código de Ética dos Bancos de Olhos", a distribuição das córneas é feita respeitando-se a ordem de inscrição dos pacientes na lista de espera.
No Brasil, o controle das listas de espera (Estaduais/Regionais) é feito pelas Centrais Estaduais de Transplantes (Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos - CNCDO), Secretarias Estaduais de Saúde e Sistema Nacional de Transplantes, SNT, do Ministério da Saúde.

Quantas pessoas aguardam por um transplante de córnea no Brasil?

Aproximadamente, 25 mil pessoas.

Após o óbito, quais são os cuidados recomendados para que as córneas não sejam danificadas?

Deve-se manter as pálpebras bem fechadas e, se possível, colocar gelo sobre os olhos, tomando cuidado para que as pálpebras estejam, sempre, bem fechadas e para que o gelo não provoque um peso excessivo sobre os olhos.

O que é a córnea?

A córnea é um tecido transparente que se encontra na parte da frente do olho. Podemos compará-la ao vidro de um relógio ou a uma lente de contato. Se a córnea se opacifica (embaça) por enfermidades hereditárias, lesões, infecções, queimaduras por substâncias químicas, enfermidades congênitas ou outras causas, a pessoa pode ter a visão bastante reduzida ou, às vezes, até perder a visão.

O que é o transplante de córnea?

Os transplantes permitem que pessoas com alguma deficiência visual por problemas de córnea recuperem a visão.
Durante um transplante de córnea, o botão (ou disco) central da córnea opacificada é trocado por um botão central de uma córnea saudável. Esta cirurgia pode recuperar a visão em mais de 90% dos casos de pessoas que apresentam alguma deficiência visual por problemas de córnea.

O olho, como um todo, pode ser transplantado?

Não. Somente alguns tecidos oculares, como a córnea e a esclera, e células-tronco da córnea podem ser utilizados com fins terapêuticos.

É seguro para o paciente receber um tecido ocular doado? Existe a possibilidade de transmissão de alguma doença?

Os Bancos de Olhos adotam todos os cuidados para garantir a qualidade dos tecidos oculares doados, visando, principalmente, a segurança dos pacientes que irão receber os tecidos.
Não há riscos de transmissão de doenças, pois os Bancos de Olhos cumprem "Normas Médicas Internacionais" e, no Brasil, "Normas Técnicas para o Funcionamento dos Bancos de Olhos" estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA - Ministério da Saúde), que estabelecem o correto controle de qualidade com relação aos tecidos oculares doados.
Por isso, é fundamental que todas as etapas do processamento dos tecidos oculares doados, desde a retirada, sejam executadas pela equipe do Banco de Olhos.

Qual é o custo da doação para os familiares do doador?

Nenhum. A família do doador não paga nada pela doação e tampouco recebe qualquer pagamento pela doação.

Existem objeções religiosas com relação à doação?

Não, diferentes religiões aprovam a doação como um ato humanitário.

Fonte: Associação Pan-Americana de Bancos de Olhos – APABO


segunda-feira, 18 de março de 2013

Teste do olhinho




O que é?

É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não apresenta nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão.
Por que e quando fazer?

A criança não nasce sabendo enxergar, ela vai aprender assim como aprenderá a sorrir, falar, engatinhar e andar. Para isso, as estruturas do olho precisam estar normais, principalmente as que são transparentes. O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.
Desde junho de 2010, o pagamento do “Teste do Olhinho” por todos os planos de saúde é obrigatório, segundo decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Antes disso, em muitos estados e cidades o exame já era instituído por lei e realizado nas maternidades públicas e particulares, antes da alta do recém-nascido. O objetivo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é que todas as crianças tenham esse direito garantido!
A recomendação é que o Teste do Olhinho seja realizado pelo pediatra logo que o bebê nasça. Se isso não ocorrer, o exame deve ser feito na primeira consulta de acompanhamento e continua sendo importante nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, encaminhará a criança para avaliação do oftalmologista.

Se o seu filho ainda não fez esse teste, fale com seu pediatra!

Fonte: CBO