Blefarite é uma inflamação não contagiosa das pálpebras. É normalmente caracterizada pela produção excessiva de uma camada oleosa do filme lacrimal, gerada por várias glândulas encontradas na pálpebra, criando uma condição favorável para o crescimento bacteriano.
Esta condição afeta frequentemente as pessoas que tem tendência a apresentar pele oleosa, seborréia (caspa), Olho Seco e idosos.
Em uma pessoa normal a lágrima é composta, basicamente, de duas camadas: uma aquosa, com presença de água, sais, mucina, anticorpos, eletrólitos; e outra oleosa (secreção sebácea) que formam e mantêm o filme lacrimal.
O filme lacrimal é responsável por nutrir a superfície ocular e, além disso, fornece proteção mecânica e imunológica para a superfície dos olhos. Quando ocorre uma instabilidade deste filme começam a surgir os sintomas de Olho Seco associados ao quadro da Blefarite.
Os principais sintomas são irritação ocular, prurido, olhos vermelhos e sensação de areia nos olhos. Como se trata de sintomas inespecíficos, caso o paciente apresente um desses, o ideal é procurar um especialista para avaliação e tratamento adequados.
Alguns sinais específicos da doença são edema da margem palpebral acompanhado de hiperemia (vermelhidão), presença de hordéolo (terçol) e calázios e crostas (caspas) nos cílios.
Como a Blefarite é uma doença crônica não existe cura, mas sim tratamento onde podemos estabilizar e melhorar os sintomas. O tratamento básico, e essencial, da Blefarite refere-se à higiene palpebral e uso de colírios lubrificantes para melhorar a qualidade da lágrima. Esta higiene deve ser feita com produtos específicos ou xampu infantil neutro, tentando remover o excesso de secreção gordurosa acumulada nas margens palpebrais. Dependendo da etiologia e intensidade da doença será necessário o uso de medicação tópica e inclusive via oral.
Nunca esqueçam que as doenças das pálpebras podem interferir no equilíbrio da superfície ocular e, assim, trazer também desconforto visual. O diagnóstico e tratamento precoce da Blefarite ajudam na recuperação mais rápida e evita danos irreversíveis a margem palpebral.
Fonte: Portal da Oftalmologia
Imagem somente ilustrativa
Fonte: Portal da Oftalmologia
Imagem somente ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário